Pesquisar este blog
Capital Cultural | Consultoria | Mentoria | Alta Cultura | Criatividade | Estratégia | Mundo Corporativo | Consumo Alto Padrão | Gestão de Capital Simbólico | Gestão de Crise de Imagem | Ghost-Writer | Palestrante
HUB Destaques
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Claude Debussy: Clair de Lune | Menahem Pressler, piano
Claude Debussy: Clair de Lune | Menahem Pressler, piano
“Clair de lune” com Menahem Pressler é dessas coisas que parecem suspender a gravidade. Ele não toca Debussy, ele respira Debussy. O que sai das mãos dele não é virtuosismo, é claridade emocional. A peça vira quase um sussurro líquido, como se alguém acendesse um lampião dentro da madrugada.
Pressler entende o essencial: Debussy não quer pressa, quer atmosfera. Cada nota cai como luz filtrada por água, cada silêncio fica cheio de intenção, como se o piano estivesse lembrando de algo que nunca existiu, mas que nos faz falta mesmo assim. É música que afrouxa o corpo, que alarga a memória e que te deixa meio desarmado. Um convite a sentir, não a decifrar.
Nesse registro específico, Pressler toca com delicadeza de quem ouviu a própria vida inteira passando pelo teclado. Tem uma ternura madura ali, coisa de quem não está exibindo técnica, mas contando um segredo num quarto escuro. “Clair de lune” vira lua em estado líquido. E você escuta como quem vê a própria alma refletida num lago.
É Debussy no seu ponto mais íntimo. E Pressler, com a idade, devolve tudo isso com profundidade quase humana demais. Uma interpretação que não mostra a lua. Mostra a luz da lua dentro de você.
Mais Lidas
Capital Cultural: a Moeda Silenciosa do Prestígio
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Nem Triunfo. Nem Confissão
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Por que Admiro a Civilização Germânica
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Comentários